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Posted on abril 27, 2023 by Equipe Medicinal
Com o passar dos anos, as plantas medicinais, incluindo a Cúrcuma Longa têm ganho grande visibilidade e têm sido cada vez mais estudadas. O seu uso tem aumentado no tratamento ou na prevenção de doenças em todo o mundo, assim como no Brasil. Muitos são os motivos desse aumento na demanda, como, por exemplo, de ordem médica, cultural ou econômica. Assim, tem se justificado o uso das plantas como opção terapêutica para uma parcela significativa da população, seja rural ou urbana (CARLI, 2009).
O uso de plantas com fins medicinais é considerado uma das primeiras formas de cuidado da saúde usada pela espécie humana e está relacionada aos primórdios da medicina (CARVALHO; SILVEIRA, 2010). Pizziolo et al. (2011). Isso tem justificado o crescimento da fitoterapia como modalidade de tratamento, principalmente, em função do alto custo dos medicamentos industrializados.
Na alimentação, a cúrcuma é utilizada desde a antiguidade como condimento na preparação e conservação de alimentos. Em diversos países asiáticos, trata-se de um componente indispensável no preparo de diversos pratos e temperos, como no caso do Curry. A partir do processo de expansão da indústria de alimentos, a espécie passou a ter grande apelo no mercado internacional, sendo principalmente utilizado como corante natural (SIGRIST, 2009).
No Brasil, país que detém a maior parcela da biodiversidade no mundo, as plantas medicinais, tanto as nativas como as exóticas, se constituem como matéria prima para a produção de fitoterápicos e de outros medicamentos (TORRES, 2015). Dentre as espécies medicinais introduzidas e que se adaptaram bem em boa parte das regiões brasileiras, se destaca a Cúrcuma Longa.
A cúrcuma, também conhecida como açafrão-da-terra, é uma planta herbácea da família do gengibre. A sua origem é do sudeste asiático, mais precisamente na Índia, onde há maior diversidade genética da planta. Faz parte da Família das Zingiberaceae, é uma erva pungente, amarga, adstringente, com cheiro característico e forte cor amarela. Considerada uma planta milenar, a cúrcuma é usada desde a antiguidade para tingir de amarelo. Da mesma forma, vem sendo utilizada na indústria alimentícia como corante e como objeto de estudos. Isso se dá por causa da sua capacidade de induzir apoptose, que é uma espécie de morte celular programada, induzida por algumas substâncias utilizadas nas terapias antitumorais. Além disso, é uma das especiarias mais populares do mundo, possuindo mais de 6000 estudos científicos publicados explorando suas características antioxidantes.
A Cúrcuma Longa é um potente anti-inflamatório e antioxidante o qual pode ser útil em doenças reumáticas (artrite reumatóide). Em medicina Ayurvédica (medicina tradicional indiana), o rizoma de cúrcuma tem sido usado por séculos como tônico para problemas gastrointestinais. Igualmente, a mesma também tem sido usado topicamente em várias doenças de pele.
Sob o mesmo ponto de vista, a Cúrcuma Longa possui também outras propriedades terapêuticas entre as quais vale a pena citar aquelas que agem sobre a oxidação das lipoproteínas responsáveis pela aterosclerose (antioxidante e anti-infeccioso). Similarmente, ela é rica em curcuminóides que representam grupos fenólicos tais como: curcumin, demetoxicurcumin e bisdemetoxicurcumin. Tal qual, esses grupos fenólicos possuem propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias.
Embora o mecanismo de ação da Cúrcuma e os seus constituintes não sejam extremamente conhecidos, ela tem demonstrado efeitos antioxidante, quimioprotetor e anti-inflamatórios em vários modelos. Frequentemente, a atividade antioxidante da Cúrcuma está principalmente associada com a sua fração fenólica, curcuminóides. Logo, estes atuam tanto como varredores de radicais livres como inibidores da síntese de leucotrienos e prostaglandina.
Da mesma forma, a atividade anti-inflamatória tem se relacionada como comparável aos AINES (como a indometacina), produzindo significante melhoras observadas em estudos clínicos realizados com indivíduos com artrite reumatoide. Ainda mais, relatou-se que os curcuminóides abaixam os níveis sanguíneos de peróxidos lipídicos e pode diminuir o colesterol total e o colesterol LDL, aumentando o colesterol HDL.
Ao mesmo tempo, tem se sugerido que a aparente ação quimioprotetora da curcumina está relacionada à sua habilidade para inibir competitivamente as isoenzimas citocromo P-450. Essas mesmas são responsáveis pela ativação metabólica de carcinógenos, como benzo[a]pireno e aflotoxina B1. A curcumina inibe seletivamente o CYP 1A1/1A2 e enzimas 2B1/2B2 numa faixa de alta concentração nanomolar a baixa concentração micromolar. Esses níveis certamente são obtidos, mesmo em uma pobre cinética de absorção para este agente.
A Cúrcuma Longa estimula os sistemas digestivo, circulatório, respiratório e o útero, normalizando o fluxo de energia com efeito antibiótico. De forma similar, ela tem sido utilizada no tratamento de problemas de pele, tumores uterinos, icterícia, doenças do fígado e problemas menstruais.
Atualmente, estudos demonstraram como essa substância, e também seus derivados, estão em condições de inibir o desenvolvimento de algumas formas de tumores provocados quimicamente como aqueles da pele e do colón. Tal capacidade é possível graças à inibição de formação de vasos sanguíneos que nutrem os tumores.
A principio, um estudo realizado em alguns indivíduos afetados por tumores na cútis e membranas das mucosas. Depois que foram aplicadas três vezes ao dia, por um mês, uma pomada com 5% de Cúrcuma Longa, foi visto uma sensível melhora, demonstrada pela redução das lesões, da dor e da exsudação.
Definitivamente, os resultados de vários estudos clínicos piloto e fase I em voluntários e pacientes são consistentes com a curcumina em modelos pré-clínicos. Coletivamente, ele confirmaram que a baixa biodisponibilidade sistémica é conseguida após administração oral, provavelmente devido a um rápido metabolismo de primeira passagem e um certo grau de pré-metabolismo intestinal.
Uma dose oral diária de 3,600 mg de curcumina foi administrado em alguns pacientes. Como resultado, foi detectado níveis de curcumina em tecido colorretal e urina (BASNET; SKALKOBASNET, 2011). Afinal, estudos sobre a avaliação biológica de curcumina revelaram que é um pró fármaco que inibe o crescimento das células através da libertação grupo tiol livre ativo no local alvo.
Sob o mesmo ponto de vista, um grande corpo de investigação tem proporcionado importantes insights sobre os efeitos anti-inflamatórios da curcumina, que constituirão a base para o desenho e aplicação clínica de drogas com potencial significado terapêutico e muitas doenças inflamatórias crônicas será na vanguarda como alvos promissores para a terapia de curcumina (HE et al., 2015).
A curcumina está sendo utilizada em incontáveis modelos farmacológicos, in vitro e in vivo, sendo impraticável listar todas as propriedades biológicas atribuídas a esta substância. Sueth-Santiago et al. (2015) refere em seu artigo que a curcumina é sabidamente uma inibidora da via do NF-Kβ, e essa inibição acontece simultaneamente em diversos pontos da via de ativação. Inicialmente, os estímulos extracelulares que ativam a cascata de formação do NF-κB dependem da presença de espécies reativas de oxigênio, que são decorrentes de lesões, processos inflamatórios e estresse oxidativo. Assim também, o mesmo estudo informou que vias importantes de sobrevivência também são moduladas pela curcumina. Por exemplo, a apoptose, mecanismo de morte programada pelas células, que tem como finalidade o desenvolvimento e manutenção da homeostasia. Alterações nestes mecanismos podem levar ao surgimento de câncer, doenças autoimunes e degenerativas.
O mecanismo da curcumina se dá pela participação da modulação de diferentes fenômenos biológicos, que vão da interferência na ativação de células do sistema imunitário, passando pela inibição de sinalizadores moleculares da resposta inflamatória, atividade antiparasitária, além da sua reconhecida ação antitumoral. (SUETH-SANTIAGO et al., 2015)
A Cúrcuma Longa estimula os sistemas digestivo, circulatório, respiratório e o útero, normalizando o fluxo de energia com efeito antibiótico. Ela está sendo usada para o tratamento de problemas de pele, tumores uterinos, icterícia, doenças do fígado e problemas menstruais.
Atualmente, sabe-se que a cúrcuma apresenta uma série de propriedades farmacológicas importantes. Entre elas, destacam-se as ações:
Alguns trabalhos sugerem ainda que a cúrcuma apresenta efeitos neuroprotetores no tratamento da doença de Parkinson e Alzheimer, além de ajudar no combate de alguns tipos de câncer. Entretanto, pesquisas ainda estão sendo realizadas a fim de confirmar esses efeitos e analisar as doses adequadas.
Category: Geral
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