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Posted on julho 8, 2019 by Equipe Medicinal
Quanto mais a ciência pesquisa o poder das substâncias contidas nos alimentos, mais evidente fica a necessidade de fazer uma dieta balanceada, sobretudo para quem quer manter uma saúde de ferro ou ter um bom rendimento desportivo. Nesse contexto, alguns compostos parecem ser ainda mais fundamentais, como é o caso da glutamina.
Trata-se de um aminoácido que vem demonstrando benefícios bastante impressionantes, agindo positivamente no organismo não apenas de pessoas saudáveis, como também de quem sofre de diversos tipos de problemas, crônicos ou agudos. Confira o conteúdo a seguir e conheça algumas das vantagens da glutamina.
Para entender melhor o que é a glutamina, você deve saber que ela é um aminoácido. Essas substâncias são os “tijolos” do nosso corpo. Tratam-se de moléculas orgânicas muito importantes, visto que são elas que formam as proteínas, tão essenciais para o metabolismo humano e para a manutenção/formação da nossa massa muscular.
Podemos categorizar os aminoácidos em duas classificações distintas. Os não essenciais, que é o caso da glutamina, são aqueles que o organismo do ser humano é capaz de sintetizar a partir de determinados metabólitos. O outro tipo é o dos essenciais, que são adquiridos exclusivamente pela ingestão de alimentos.
Alguns desses compostos são ainda mais imprescindíveis em determinadas situações hipermetabólicas, ou seja, nas quais o nosso organismo precisa funcionar com ainda mais intensidade — como no caso de alguma doença, quadros inflamatórios, traumas, cirurgias e da realização de exercícios físicos, sobretudo de musculação.
A glutamina, especificamente, atua em diferentes sistemas, auxiliando na manutenção adequada das funções intestinais e no funcionamento correto do nosso sistema imunológico, além de participar no desenvolvimento da nossa massa muscular. Por essa última razão, é considerada um anticatabólico.
A glutamina fica armazenada em grandes quantidades e é o aminoácido livre mais abundante no plasma e nos músculos. Em situações de estresse metabólico, como dissemos, ela é liberada para ser utilizada pelo organismo — tanto para reparar tecidos lesionados e para promover o crescimento muscular quanto como fonte de energia.
Quando isso acontece, é natural que as nossas reservas de glutamina caiam drasticamente e precisem ser repostas. Mesmo que o nosso corpo seja capaz de produzi-la, é fundamental investir em um fornecimento extra, seja por meio da alimentação ou do uso orientado de suplementos alimentares.
Os atletas são indivíduos que estão constantemente expondo o seu organismo a situações estressantes, e isso faz com que o metabolismo precise agir de forma mais intensa do que a maioria das pessoas comuns. Como aprendemos acima, para que isso ocorra de maneira adequada, níveis elevados de glutamina são imprescindíveis.
Atividades físicas de média e alta intensidade realizadas por períodos prolongados têm um efeito sobre a disponibilidade da glutamina circulante, levando a uma diminuição substancial da sua disponibilidade. Por isso, uma reposição apropriada vai diminuir o risco de infecções, melhorar a absorção de nutrientes pelo intestino, entre outros benefícios.
O sistema imunológico, por exemplo, é um dos grandes beneficiados do consumo correto e da suplementação desse aminoácido, visto que as células imunes o utilizam em altas taxas e não têm as enzimas necessárias para produzir a glutamina. Com isso, consequentemente, nossas defesas dependem da glutamina sintetizada pelos músculos.
A suplementação com glutamina é bastante segura e estudada no meio científico, o que não quer dizer que você não deve buscar a orientação de um médico ou um nutricionista antes de começar a repor esse importante nutriente. No entanto, em linhas gerais, a recomendação é de administrar entre 5 e 15 gramas diariamente, fracionados em 2 ou 3 vezes.
O esquema suplementar varia conforme as características de cada indivíduo, assim como o seu tipo de treino. Estudos apontam também benefícios importantes de suplementar esse aminoácido no caso de algumas patologias, como a Síndrome do Intestino Irritável, câncer e HIV. No entanto, ainda mais nesses casos, a consulta com um especialista é essencial.
Depois de aprender um pouco melhor o que é a glutamina, a sua dosagem, o seu uso por atletas e algumas de suas principais funções no organismo humano, chegou a hora de conhecer com mais riqueza de detalhes quais são os seus maiores benefícios para o nosso corpo. Confira alguns deles no conteúdo abaixo.
Você já deve ter ouvido falar do GH, que é a sigla pela qual é conhecido o hormônio do crescimento. Muitas pessoas pensam que essa substância é importante apenas para quem pratica musculação ou halterofilismo, mas isso é um tremendo erro, visto que ela é fundamental para muitas funções do organismo humano.
O GH é produzido naturalmente pela glândula hipófise, e além de aumentar a massa muscular, é imprescindível para a recuperação óssea, o uso de gordura como substrato energético, a manutenção das ilhotas pancreáticas e muito mais. Com o passar do tempo, tendemos a produzir menor GH e a glutamina potencializa e normaliza a sua fabricação.
O uso da glutamina por pacientes com Síndrome do Intestino Irritável — também chamada de Síndrome do Cólon Irritável ou pela sigla SII — vem sendo bastante estudado em todo mundo e recomendado por vários médicos e nutricionistas. Trata-se de um aminoácido que vem mostrando o poder de auxiliar na manutenção da boa saúde digestória.
Entre as suas ações está a capacidade reparadora na mucosa intestinal, servindo como principal fonte energética para as células da mucosa e de algumas células imunes que atuam no local, como os linfócitos e os macrófagos. Sem a glutamina, pode ocorrer prejuízo na função imunológica e atrofia das células intestinais.
A suplementação desse aminoácido vem proporcionando uma melhor qualidade de vida para esses pacientes, diminuindo a intensidade e o número de episódios de diarreia e constipação, que podem prejudicar até mesmo o convívio social. Mais uma vez, a orientação de um especialista é importante e muito benéfica para esses pacientes.
Como dissemos, a glutamina é muito importante para quem realiza exercícios físicos, especialmente de média e alta intensidade. Um dos motivos para isso é que esse aminoácido promove uma melhor recuperação no período de pós-treino, sobretudo pela sua interessante ação nos tecidos musculares.
Após as atividades físicas, nossos níveis de glutamina caem para patamares baixíssimos, e como consequência, poderíamos perder massa e elevar muito o estresse do sistema imunológico. Com uma boa suplementação você pode evitar que isso ocorra, tendo uma recuperação e um desempenho muito melhores.
Outro dos grandes benefícios da glutamina é que ela pode ajudar bastante alguns tipos de pacientes, inclusive que sofrem de patologias graves. Quem tem câncer, por exemplo, fica debilitado pela doença ou em função dos efeitos colaterais da quimioterapia, que incluem sintomas como inibição do apetite, náuseas, vômitos e diarreia.
Portadores de HIV também podem sofrer de forma similar, visto que esse vírus impõe um esgotamento grave no sistema imune, deixando o indivíduo menos protegido e mais suscetível a várias infecções e outras enfermidades oportunistas — que frequentemente são causa de internações e até mesmo de morte.
Com níveis ótimos de glutamina plasmática, há a recuperação da integridade da mucosa intestinal e uma melhora da resposta imunológica como um todo — devido ao uso que esse sistema e suas células fazem do aminoácido. Além disso, há uma diminuição no catabolismo, que poderia ocorrer nessas situações.
Uma vez que a glutamina é abundantemente produzida pelo organismo humano e trata-se do aminoácido livre mais presente no plasma e no tecido muscular, não é difícil perceber que ele tende a ser um substrato muito utilizado pelo nosso sistema imunológico — e é exatamente isso que ocorre em nossas células imunes.
Por essa razão, se a glutamina não for reposta adequadamente, existem chances muito maiores de que fiquemos suscetíveis a doenças, uma vez que ficaremos de “portas abertas” para microrganismos oportunistas, especialmente as infecções respiratórias no caso de quem pratica exercícios moderados e intensos.
Como dissemos, apesar do seu excelente perfil de segurança, a suplementação de glutamina deve ser iniciada preferencialmente após uma consulta com um médico ou um nutricionista. Ela é contraindicada, por exemplo, para pacientes com alguns tipos de problemas no fígado ou nos rins, pois pode piorar esses quadros.
Crianças também não devem suplementar esse aminoácido, sobretudo pela falta de estudos específicos para essa faixa etária. Possuem contraindicação as pessoas com acidose metabólica, uremia (ureia elevada no sangue) e encefalopatia hepática. Gestantes só devem utilizar com orientação do seu obstetra de confiança.
Em doses adequadas, a suplementação de glutamina não costuma oferecer nenhum efeito colateral. No entanto, em quantidades muito elevadas, pode ocorrer prisão de ventre, distribuição irregular de outros aminoácidos nos tecidos corporais e alteração na absorção intestinal e renal, por exemplo.
Como você pôde ver, a glutamina é um aminoácido muito importante e que pode ser utilizado com diversas finalidades, apresentando muitos benefícios para o corpo humano.
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