Doenças causadas por estresse: quais as principais e como evitá-las?

Ser estressado virou parte do estilo de vida contemporâneo. Afinal, vivemos em uma era de inúmeros estímulos, cobranças e pressão por todos os lados. Apesar de ser comum, o problema é sério e exige muita preocupação, principalmente quando as doenças causadas por estresse se tornam cada vez mais frequentes.

Depressão, Síndrome de Burnout, problemas cardíacos e até transtornos alimentares estão na lista de doenças que podem ser desencadeados por isso. Neste texto, vamos falar justamente sobre elas.

Acompanhe para conhecer as principais características de cada uma e conferir dicas para amenizar o esgotamento emocional no dia a dia!

O estresse do mundo contemporâneo

É claro que o estresse não é um problema novo, no entanto, as estatísticas comprovam que ele tem se agravado nas últimas décadas. Para você ter uma ideia, 14% dos afastamentos devido a doenças ocupacionais no Brasil se refere a transtornos mentais. Essa informação foi divulgada pela Organização Pan-Americana de Saúde/Organização Mundial da Saúde (Opas/OMS).

Além disso, a revista Exame veiculou alguns dados sobre a tensão no ambiente de trabalho, também levantados pela OMS, com a conclusão de que uma a cada quatro pessoas terá algum transtorno do tipo ao longo da vida profissional.

As principais doenças causas por estresse

Apesar de ainda não ser considerado uma doença pela OMS, o fenômeno causa uma série de alterações físicas e emocionais que desencadeiam patologias reconhecidas oficialmente. Veja alguns exemplos abaixo!

Depressão

O Brasil é campeão em níveis de depressão. De acordo com dados da OMS divulgados no Jornal da Universidade de São Paulo (USP), quase 6% dos brasileiros sofrem com o problema — essa é a maior taxa na América Latina e a segunda maior no mundo. Alguns de seus principais sintomas são:

  • tristeza profunda;
  • alterações no apetite, para mais ou para menos;
  • pensamentos autodepreciativos;
  • falta de disposição no dia a dia.

Além da queda na qualidade de vida, o paciente enfrenta um risco grave de desenvolver tendências suicidas. Segundo a OMS, 15% das pessoas com depressão profunda chegam ao extremo de tentar pôr fim à própria vida.

Síndrome de Burnout

A Síndrome de Burnout é conhecida como o ápice de esgotamento profissional. Ela está diretamente relacionada à exaustão no ambiente de trabalho, que atingiu 30% dos trabalhadores brasileiros em 2017, de acordo com a Stress Managemente Association (Isma).

O problema é mais comum entre profissionais que não conseguem se desligar do trabalho, mesmo após o fim do expediente ou aos fins de semana, por exemplo. O desgaste excessivo leva o corpo a “dizer chega”, com sintomas como:

  • lapsos de memória;
  • mudanças radicais de humor;
  • dores musculares;
  • distúrbios gastrointestinas etc.

Problemas cardiovasculares

Sabia que o estresse é tão perigoso para o sistema cardiovascular quanto o cigarro? É o que afirma um estudo realizado pela Universidade de Harvard, cujas conclusões foram divulgadas pela Revista Exame.

De acordo com os pesquisadores, os seus efeitos levam a uma atividade maior nas células da amígdala que, por sua vez, envia sinais para a medula óssea. Com isso, o corpo passa a produzir um excesso de glóbulos brancos, responsável por inflamar as artérias. O resultado é um aumento nos riscos de infarto e de acidente vascular cerebral (AVC).

Além disso, o Hospital Sírio Libanês completa as informações com um estudo feito pela revista inglesa The Lancet, afirmando que pessoas estressadas estão mais vulneráveis a maus hábitos de saúde, que também se relacionam aos problemas cardíacos. Como exemplos, temos a má alimentação, ausência de atividades físicas e sono insuficiente.

Transtornos alimentares

Já reparou que, quando nos sentimos emocionalmente afetados, descontamos na alimentação? Alguns transtornos alimentares também estão entre as doenças causadas por estresse, justamente porque esse comportamento tende a se agravar em casos de desgaste emocional intenso.

A obesidade e a compulsão alimentar periódica (TCAP) são destaques. Como mostra um artigo publicado pela Associação Médica Brasileira (AMB), as alterações nos níveis de cortisol desencadeadas pelo estresse estão diretamente relacionadas à aceleração desenfreada no metabolismo (p. 99).

Por conta disso, é um comportamento comum que o paciente não apenas sinta mais fome, como o seu cérebro passa a induzir o consumo de alimentos em busca da sensação de prazer e alívio.

Alguns cuidados para aliviar o estresse

A boa notícia é que essas doenças causadas por estresse podem ser evitadas com uma reestruturação no estilo de vida. Contudo, isso não é tão simples, pois muita gente se expõe a esse desgaste emocional por falta de opção, afinal, as exigências do mundo contemporâneo não dão uma brecha.

No entanto, a saúde precisa vir em primeiro lugar. Por isso, a seguir, confira algumas dicas de como melhorar, pouco a pouco, a qualidade de vida e aliviar a tensão!

Identifique o problema

Cada problema desencadeado pelo desgaste emocional tem sintomas específicos. Para identificar um quadro, esteja atento aos principais sinais, como as oscilações de humor e de apetite, o desânimo e a irritabilidade. Percebê-los assim que eles começam a prejudicar sua qualidade de vida é um bom caminho para evitar que surjam complicações mais sérias. Por isso, preste atenção no seu corpo!

Crie novos hábitos

Os bons hábitos de saúde são sempre bem-vindos, principalmente quando você percebe que está estressado. Para começar, lembre-se de que o sono não deve ser menosprezado: ele é fundamental para que o corpo e o cérebro descansem da rotina exaustiva. Portanto, tente dormir mais e melhor.

As atividades físicas também são protagonistas na melhoria da qualidade de vida. Além de ajudarem a equilibrar as funções metabólicas, melhoram a qualidade do sono e estimulam a produção de substâncias que contribuem com o bem-estar.

Preocupe-se com seu lazer

O lazer é tão importante e necessário quanto o trabalho. Muitas vezes, colocamos atividades de descontração como a última das prioridades, mas elas precisam ser valorizadas para equilibrar as exigências profissionais.

Desse modo, não deixe de aproveitar bons momentos com seus amigos e com a família. Pense também em desfrutar da sua própria companhia, com momentos de aprimoramento pessoal, novos hobbies e cuidados com a aparência, por exemplo.

Use a alimentação como aliada

Por fim, use a alimentação como sua grande aliada na luta contra o transtorno. Alguns alimentos e chás têm componentes que atuam como reguladores das funções metabólicas, evitando o aparecimento das doenças citadas e contribuindo com a redução de sintomas físicos, como a queda de cabelo.

Veja alguns exemplos:

  • banana: contém triptofano, um nutriente relacionado à produção de serotonina (a substância do bem-estar);
  • chá de camomila: conhecido pelo seu efeito calmante;
  • cacau: também é rico em triptofano;
  • brócolis: contém vitaminas A e do complexo B, que ajudam no bom funcionamento do sistema nervoso;
  • frutas cítricas: ricas em vitamina C, um importante inibidor do cortisol (o hormônio do estresse);
  • alface: contém calmantes naturais, como a lactucina.

Diante dessa leitura, você viu que as doenças causadas por estresse são muito sérias e exigem atenção. Por isso, vale a pena dobrar a dedicação à saúde física e mental, começando por incorporar bons hábitos, como as atividades físicas. Além disso, a alimentação de qualidade faz muita diferença.

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